Banksy, o grafiteiro anonimo de Londres escreveu certa vez: "Arte moderna é uma área em desastre: nunca na história humana foi usado tantos recursos pra se dizer tão pouco."
Inicio esse post com a frase de Banksy porque me identifico com sua angústia. Quem se aventure a buscar essências fortes na arte atualmente, se criar expectativas pela qualidade dos clássicos, vai se decepcionar bastante. Os artistas têm se esquecido que para tocar a alma humana deve-se mergulhar em lagos profundos, é preciso ser um investigador de fenômenos, é preciso estar realmente vivo e participar da vida! É por isso que poucas áreas artísticas permanecem vivas, como o grafitti e todo o hip-hop. Não adianta permanecer nas bolhas do espetáculo e querer falar ao coração humano, ao complexo e denso coração humano.
Por isso quando encontro poesia verdadeira, faço questão de mencionar. A anos venho deixando claro a admiração que tenho por raros novos poetas, como Ikaro Max, Wagner Uarpêik, e alguns outros.
No entanto a menção atual é para este humilde andarilho das ruas que conheci por aí, Paulo Tabatinga, com seu entusiasmante livro "A cidade vigiada". Ambientado em Teresina, o livro de poesias que lembram os haikais japoneses, captou de forma certeira o espírito dessa cidade que como diz o título, está vigiada por seus próprios cidadãos, que não perdem a chance de delatar a seus conterrâneos. Não há quem negue que aqui se fala da vida alheia. Teresina é cidade grande - provinciana.
O livro não é só poesia, estão conectadas às fotos tiradas pelo próprio autor, de uma sensibilidade sublime, misturando poesia e imagem. Quer guardar o espírito de uma época dessa cidade, guarde este livro!
Forte abraço Tabatinga - o que diz muito com pouco!
Igor Sousa
https://coisas-de-poesias.lojaintegrada.com.br/
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