Sergio Herinque Batista e eu - essa é do tempo em que eu era alegre e jovem... do tempo que eu tinha em mim todos os sonhos do mundo.".hoje estou lúcido como se tivesse pra morrer" - não há mais metafísica no mundo do que sonhar -mas a canção está acabando.. e não há mais valsas... nem salão nem esperança: mas eu não desisto nunca: eu sou feito de poesia. eu sou feito de barro e de sol e das coisas que sobram. abraços embriagados! ... e que apesar dos urubus sobre os girassóis, que chova do mesmo leite bom na cara dos caretas!
Paulo Tabatinga ( meio Cae e Pessoa )
Sergio Herinque Batista Amigo Paulo Tabatinga Lopes, poetas não morrem porque são feitos do "barro" mágico ao qual você se refere. Você e as ruas de Teresina são feitas da mesma matéria. Enquanto houver Teresina, sua sina de permanecer estará garantida. Nosso amigo Kenard Kruel Fagundes afirmou que você é o poeta das ruas teresinenses. Gostaria de receber um elogio assim: a maioria fica trancada ao redor de arquivos e estantes sombrias, com seus versos gemendo de dor pela solidão, o abandono, o esquecimento... Você é a própria poesia transeunte, vivida a cada instante e em cada tirada sua, que nos desconcerta, que nos mostra o óbvio que não vimos. Você sempre foi assim, só que agora está mais "lúcido", sem tantas ilusões. E daí?! Também estou assim, apesar "dos urubus sobre os girassóis e a cara dos caretas". Como você diz: um abraço "embriagado", de afeto e admiração. Uma última palavra: ainda há, sim, canção, valsas, salões e esperança. Um beijo no coração do velho amigo-irmão!
eu só falei de morte porque lembre-me de um poema de Fernando Pessoa ( Tabacaria ), e também da Teresina atual, onde o sol brilha com intensidade mas o suicídio induzido pela mídia que recomenda sala escura e protetor solar. só foi por isso. e outra coisa: quem não tem carro, para ficar preso nas vias e nos shoppings,fica preso em casa; não pode caminhar e nem contemplar, já que a cidade morre.
Paulo Tabatinga para
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