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domingo, 9 de outubro de 2016
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Pré-sal - Edmar Oliveira
ISSO ESTÁ MESMO ACONTECENDO?
Vivo momentos atualmente em que tento me beliscar para saber se não estou sonhando, se tudo isso não é um horrível pesadelo. Ontem os deputados do meu país votaram a entrega do nosso sagrado petróleo à banca internacional. O que faz com que deputados – que se dizem representantes do nosso povo – votem contra os interesses nacionais? Desde que Monteiro Lobato inventou o Poço do Visconde e o governo Vargas estatizou nosso petróleo, tínhamos o orgulho mineral de uma riqueza que nos fazia o país do futuro. A Petrobrás virou o orgulho patriótico. Na descoberta do pré-sal chegamos a sonhar, ainda ontem, com a destinação de recursos que viabilizassem de fato o SUS e pudessem fazer uma revolução na educação.
Vivo momentos atualmente em que tento me beliscar para saber se não estou sonhando, se tudo isso não é um horrível pesadelo. Ontem os deputados do meu país votaram a entrega do nosso sagrado petróleo à banca internacional. O que faz com que deputados – que se dizem representantes do nosso povo – votem contra os interesses nacionais? Desde que Monteiro Lobato inventou o Poço do Visconde e o governo Vargas estatizou nosso petróleo, tínhamos o orgulho mineral de uma riqueza que nos fazia o país do futuro. A Petrobrás virou o orgulho patriótico. Na descoberta do pré-sal chegamos a sonhar, ainda ontem, com a destinação de recursos que viabilizassem de fato o SUS e pudessem fazer uma revolução na educação.
Um vendilhão do templo assume as relações internacionais com uma
promessa de submeter a nossa riqueza à banca internacional. Muitos mais
de quarenta ladrões entregam a nossa riqueza numa votação contra a
nação. O que diabos está acontecendo?
A Noruega – que era um país pobre até a segunda metade do século vinte – com o desenvolvimento da indústria nacional do petróleo emergiu como um dos países mais desenvolvidos do mundo. Enquanto nações da África subsaariana ricas em petróleo – por ter vendido a exploração do seu tesouro – estão entre as nações mais pobres da face da terra. Mesmo com esses exemplos (e podemos buscar vários outros) nossos representantes acharam por bem vender o Brasil? Nem a ditadura militar ousou fazer tamanho crime com a nossa nacionalidade. A venda de nosso bem mais precioso deveria passar por um plebiscito. Não podem sair por aí vendendo a nação. As consequências serão drásticas. E não me venham falar no roubo da Petrobras pelo governo anterior. Esse roubo legalizado é muito maior, sem que se possa culpar o ladrão. Afinal ele comprou – a preço de banana, mas comprou – e deve ter pago os votos que desnacionalizaram a Petrobras.
E assim me descubro perplexo. Isso está mesmo acontecendo?
Antes que eu saiba se estou acordado ou sonhando, uma comissão parlamentar aprova a famigerada PEC 241 – a PEC da maldade, que congela por vinte anos as despesas com saúde, educação, assistência social, segurança, salários, enquanto deixa livre desse congelamento os juros da dívida pública para beneficiar os rentistas e a banca internacional. Parece premonição de uma música do Raul Seixas dos anos 70: “A solução pro nosso povo eu vou dar / Negócio bom assim ninguém nunca viu / Tá tudo pronto aqui é só vir pegar / A solução é alugar o Brasil”!
Mas nós vamos pagar caro com a materialização da gozação seixiana.
E já na segunda feira – sem nos dar tempo de qualquer reação – os parlamentares aprovarão a PEC da maldade. Essa emenda constitucional praticamente RASGA a constituição cidadã.
Se isso não for um pesadelo e estamos acordados é preciso fazer alguma coisa. Já!
A Noruega – que era um país pobre até a segunda metade do século vinte – com o desenvolvimento da indústria nacional do petróleo emergiu como um dos países mais desenvolvidos do mundo. Enquanto nações da África subsaariana ricas em petróleo – por ter vendido a exploração do seu tesouro – estão entre as nações mais pobres da face da terra. Mesmo com esses exemplos (e podemos buscar vários outros) nossos representantes acharam por bem vender o Brasil? Nem a ditadura militar ousou fazer tamanho crime com a nossa nacionalidade. A venda de nosso bem mais precioso deveria passar por um plebiscito. Não podem sair por aí vendendo a nação. As consequências serão drásticas. E não me venham falar no roubo da Petrobras pelo governo anterior. Esse roubo legalizado é muito maior, sem que se possa culpar o ladrão. Afinal ele comprou – a preço de banana, mas comprou – e deve ter pago os votos que desnacionalizaram a Petrobras.
E assim me descubro perplexo. Isso está mesmo acontecendo?
Antes que eu saiba se estou acordado ou sonhando, uma comissão parlamentar aprova a famigerada PEC 241 – a PEC da maldade, que congela por vinte anos as despesas com saúde, educação, assistência social, segurança, salários, enquanto deixa livre desse congelamento os juros da dívida pública para beneficiar os rentistas e a banca internacional. Parece premonição de uma música do Raul Seixas dos anos 70: “A solução pro nosso povo eu vou dar / Negócio bom assim ninguém nunca viu / Tá tudo pronto aqui é só vir pegar / A solução é alugar o Brasil”!
Mas nós vamos pagar caro com a materialização da gozação seixiana.
E já na segunda feira – sem nos dar tempo de qualquer reação – os parlamentares aprovarão a PEC da maldade. Essa emenda constitucional praticamente RASGA a constituição cidadã.
Se isso não for um pesadelo e estamos acordados é preciso fazer alguma coisa. Já!
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