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domingo, 24 de abril de 2011

A CIDADE INVISÍVEL - Paulo Machado*

O planejamento do espaço físico escolhido por José Antônio Saraiva, na segunda metade do século XIX, para a construção da cidade de Teresina, foi estrategicamente definido em uma área plana, entre trechos dos rios Parnaíba e Poty, por razões geopolíticas.
O eixo de crescimento do espaço urbano foi orientado na direção norte-sul, a partir do primeiro núcleo populacional localizado na foz do rio Poty, com previsão de expansão gradativa e contínua para o sul. A zona rural do município foi originariamente planejada para se estender pelas regiões Nordeste, Leste e Sudeste, a partir do limite natural do referido rio. Esta estratégia de planejamento garantiria o equilíbrio climático do espaço urbano, projetado para desenvolver-se entre os dois cursos d'água, em decorrência da preservação da vegetação nativa.
A cidade foi planejada por Saraiva para desempenhar economicamente a função de pólo principal de todas as atividades mercantis do Meio-Norte. O planejador criou um modelo de cidade para ser o centro de convergência dos fluxos de produção dos pólos agrícolas e agroindustriais das regiões Sudeste, Sudoeste e Sul da Província do Piauí, escoado através de ramais ferroviários que abasteceriam um movimentado porto fluvial, a ser construído no rio Parnaíba, dentro do perímetro urbano do município. Essa atividade portuária fluvial funcionaria como elo intermediário da cadeia de exportação, a ser concluída pelos portos marítimos das províncias da região Nordeste.
Essa análise realista das circunstâncias políticas e econômicas determinantes do planejamento urbanístico de Teresina e a compreensão de suas conseqüências foram estudadas por Abdias da Costa Neves, político teresinense que defendeu, com competência e coragem, a tese de interligação das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste por troncos ferroviários convergentes para a cidade de Teresina. Isto se deu quando Abdias exerceu, durante a República Velha, o mandato de senador da República, eleito pelo povo piauiense.
Entretanto, a partir da década de 50 do século XX, os incentivos às atividades do setor imobiliário, viabilizados pelos prefeitos e vereadores de Teresina, passaram a ser motivados por grupos econômicos originários da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Maranhão e de grupos políticos com bases eleitorais nos municípios piauienses das regiões Sudeste, Sudoeste e Norte, que definiram como princípio fundamental a partilha de poder, com a finalidade de garantir a preservação dos seus interesses. Assim, o plano de desenvolvimento urbanístico original foi substituído, para que as pretensões desses grupos econômicos e políticos fossem satisfeitas. Por essas razões, definiram, para o eixo de crescimento do espaço urbano, a orientação oeste-leste, com a ampliação progressiva do perímetro urbano para além do rio Poty.
Esse novo eixo de crescimento do espaço urbano provocou o comprometimento irreversível da vegetação nativa e dos componentes da bacia hidrográfica do referido rio. Com efeito, as lagoas e riachos que garantiam o equilíbrio dos diversos ecossistemas, durante os primeiros cem anos, desapareceram sob a fúria dos especuladores, que realizaram os grandes loteamentos das zonas Leste e Sudeste. Tais danos ambientais não foram previstos pelos administradores municipais e pelos especuladores imobiliários, mas os seus custos estão sendo pagos por todos os habitantes da cidade, neste início de século XXI.
É que o processo desastroso, que resultou da progressiva ampliação do perímetro urbano orientada para as regiões Leste e Sudeste, só pode ser compreendido se o analista detiver conhecimento histórico e coragem de encarar os fatos políticos e econômicos, ocorridos nos últimos 40 anos, sem se submeter às normas de interpretação definidas pelos beneficiários diretos ou indiretos da partilha do poder. Caso não satisfaça a estes requisitos, concluirá que o processo de desenvolvimento urbano está sendo cumprido, em todas as suas etapas, conforme o planejamento elaborado por técnicos competentes e honestos. Ufanisticamente, levantará dados estatísticos referentes às cifras do capital investido na construção civil e nas instalações das estruturas de prestação de serviços públicos e, orgulhosamente, elogiará as realizações dos carnavais fora de época, que geram milhares de empregos temporários e são fontes sazonais de renda, como inquestionáveis indicadores de progresso social. Excluirá também, sem dúvida, de sua análise, o degradante processo de favelização disseminado por todas as zonas do espaço urbano, fato social arraigado nos conglomerados de cortiços, onde milhares de miseráveis são politicamente manipulados sob a forma de organismos associativos, na verdade instrumentos de poder benéficos às facções políticas de todas as cores.
É óbvio que os administradores municipais e os seus consultores e sequazes sabem que as estruturas de prestação de serviços públicos existentes no município de Teresina estão em acelerado processo de degradação e que os vínculos das relações sociais definidores das normas de conduta dos habitantes da cidade se acham em acentuado desgaste. Por isso, insistem nas freqüentes campanhas publicitárias que anunciam as surpreendentes metas alcançadas nas execuções das políticas públicas de habitação, saúde e educação, alardeados em coloridíssimos painéis. Ocorre que todos os administradores públicos da cidade têm conduta ilibada e seus argumentos políticos estão corretíssimos.
Equivocados e insensatos foram José Antônio Saraiva e Abdias da Costa Neves, que planejaram uma cidade caracterizada por um espaço físico racionalmente estabelecido para ampliações horizontais sucessivas e crescentes, com eixo central orientado de norte para sul, sem agressões aos ecossistemas definidos pelos cursos dos rios Parnaíba e Poty. Teresina foi, pois, projetada como cidade economicamente dinâmica, que seria referência para as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, porque vocacionada a ser o pólo de atividades mercantis do Meio-Norte, com um ativo porto fluvial no rio Parnaíba, para o qual convergiriam os troncos ferroviários para escoamento dos fluxos de produção dos pólos agrícolas e agroindustriais das regiões Norte e Centro-Oeste.
Quem estiver vivo para comemorar o bicentenário da cidade, em 2052, acertará contas políticas e sociais e passará a limpo essa história, como tributo à memória daqueles que, verdadeiramente, e aqui vale a redundância, a planejaram para o futuro.

*Paulo Machado é poeta, pesquisador, advogado e integrante da Geração Pós-69, no âmbito, hoje, do Grupo Pulsar de Cultura.


Acontecendo em Teresina


A Mídia e o Medo

Edmar Oliveira


Quando estive em Teresina da última vez reparei que um fenômeno, que já vinha acontecendo de tempos antes, agora está exacerbado. Os prédios se empinando no rumo das nuvens, todo mundo querendo morar atrepado, desvalorização das casas de rua, com os muros ficando mais alto, escondendo as bonitas residências de antes. E as cercas elétricas estendidas no alto dos muros lembrando presídios e campos de concentração. E um medo de assalto, um medo dos mais pobres e pretos muito maior que antigamente.

E, assunto de todos, o aumento da violência na cidade. O medo das pessoas bem maior do que o medo que se tem no Rio de Janeiro. E a pergunta insistente de como é que alguém pode morar no Rio de Janeiro com a violência transmitida pela televisão. Fiquei encasquetado com aquilo.

E matutei aqui comigo: primeiro a televisão tirou de Teresina as cadeiras na calçada à noitinha, quando se ficava a esperar “o vento que vinha de Parnaíba”, numa prosa com os vizinhos. Eu vi essa passagem. Quando a televisão transmitiu a copa de 70 foi com uma imagem trazida do Ceará, que mais chuviscava do que se viam os jogadores correndo atrás da bola. Depois o sonho do Valter Alencar trazendo a TV na canção da Wanderléia: “vem aí a TV/Rádio Club pra você” (alguém lembra aí da música?). Aí as cadeiras saíram das calçadas para prestar atenção nas novelas da TV. Que modelou os costumes, o modo de vestir de todo mundo. A jaqueta Lee fez moda num sol de quarenta graus.

Agora a TV diz todo dia dos assaltos e da violência do Rio. Claro que tem lugares violentos. Toda cidade grande tem. Mas tem muitos lugares em que se pode viver em paz com uma taxa de violência aceitável. No Rio, na Cidade do México, em Tóquio. Não em Teresina. Além de acharem que eu vivo entre rajadas de tiros e assaltos a cada esquina, acham também que essa violência da mídia chegou a Teresina. E deve ter chegado mesmo, mas não em todo lugar. A mídia não ensina direito a geografia e muitos me ligaram para saber como eu estava sobrevivendo às enchentes que aconteciam na Região Serrana a uns 70 ou 100 quilômetros de distância da minha casa. Tipo em Altos e Campo Maior para quem mora em Teresina. Mas a violência de Teresina, dizem, está em toda parte. Andei como de costume e não a encontrei. Sorte minha.

Posso estar errado. A violência chegou a Teresina, como chega a qualquer cidade que cresce assustadoramente, tirando os moradores nativos do lugar. Quando todo mundo se conhece se rouba galinhas. Quando ninguém se conhece a violência campeia. Mas não em toda parte.

Queria estar errado. Mas acho que a mídia ajuda a disseminar um medo sem limites e, geralmente, um medo dos pobres, dos pretos, dos desvalidos...

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Foto da Ponte Estaiada contrastando com o Morro do Urubú (agora eufemisticamente rebatizado de Morro da Esperança) de Paulo Tabatinga.
Foto de cadeiras na calçada, em Oeiras, de Moisés Oliveira Filho

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Poemartemanhas

“ Teresina apagou-se na distancia
Ficou, longe de mim, adormecida,
Guardando a alma de sol da minha infância
E o minuto melhor da minha vida”
(...)
“ tudo me desconhece. Ingrata é a terra.
O céu é frio. E eu sigo para frente,
Como quem vai seguindo para a guerra.”   Lucídio Freitas


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Filosofando

Para quem tem de pagar na Páscoa,
A quaresma é curta.   Machado de Assis



                                             DEUS SEJA LOUVADO!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL (Texto de José Teles)


"Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!". A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto.
Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Para uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachorra, raparigueiro, cachaceiro, que gosta de puteiro, aonde vamos parar? como podemos querer pessoas sérias, competentes? e não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, porque tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. Vamos passar essa mensagem adiante, as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!







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(...)Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.   Drummond
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“ A dúvida é o início, e não o fim da sabedoria”.         George Iles




domingo, 10 de abril de 2011

Semear Palavras (Edwar de Alencar C. Branco)

Em 1948, quando se prenunciava o transe estúpido da guerra fria, George Orwell, pseudônimo literato indo-britânico Eric Arthur Blair, escreveria um romance futurista na qual descreveria as agruras de um tempo quando as pessoas, por obra de uma ditadura ferrenha do big brother, estavam empobrecidas de palavras e, por conseqüência, não conseguiam articular metaforicamente o seu mundo, o qual, desprovidos de palavras, era cinza e triste. Para nomear o romance sombrio, Orwell inverteria a última dezena do ano dentro de cujas condições existenciais a obra foi produzida: escrito em 1948, como dito, o romance chamou-se 1948, título com o qual se tornaria um dos grandes clássicos da literatura universal.
Por um desses mistérios inexplicáveis, através dos quais acabamos concluindo com Caetano Veloso que é incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer, foi justamente em 1984, quando me tornei calouro do curso de História  da Universidade Federal do Piauí, que o livro de Orwell chegou ás minhas mãos. Li-o sofregamente me detendo apenas no trecho que me pareceu, àquela época, o mais emblemático: ao dirigir-se aos seus soldados, orientando-os sobre como proceder para dominar o mundo, o big brother lança o seguinte petardo: “ é preciso destruir as palavras, diminuí-las, limitá-las ao máximo, porque quando não houver mais palavras para expressar os pensamentos, nós não vamos mais precisar vigiar pensamentos”. Desde então, em minha prática de historiador, sempre penso nisso quando preciso dizer alguma coisa sobre as minhas artes de fazer, ou mesmo quando preciso avaliar as artes de outrem. Aprendi, com Orwell, que o lugar de acontecimento da história é a linguagem.
Nos escuros escaninhos de minha memória, a lembrança de George Orwell é vizinha da lembrança de Ariano Suassuna . e esta  é perpendicular de Caetano Veloso, que é vizinhna da lembrança de Torquato Neto, que fica a apenas algumas quadras da lembrança de Gabriel Garcia Márquez. No mesmo bairro estão as memórias de Ítalo Calvino, Ignácio de Loyola Brandão, caio Fernando Abreu e Affonso de Sant’Anna. E todas essas lembranças, pelas quais passeio todos os dias, me reafirmam cotidianamente o poder da palavra, a capacidade infinita da linguagem. E é aí que se encontra a justificativa para minha referencia a essas lembranças em um texto sobre o SALIPI: (Salão do Livro do Piauí) : vivemos um tempo de guerrilha semântica, de genocídio lingüístico. Nossas palavras, já parcas, estão sendo invadidas por outras palavras e tendem a se precarizar cada vez mais. Nesse universo, empreendimentos como o SALIPI funcionam como uma fértil semeadura de palavras. Servem, eventos assim, para reouvirmos que livros não mudam o mundo, posto que quem muda o mundo são os homens. Os livros, nós sabemos, só mudam os homens. Talvez já seja hora de multiplicarmos os regadores. Em defesa de nossas palavras, cultivemos o campo fértil do SALIPI.
Edwar de Alencar C. Branco     

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                                     Serguéi  Iessiênin – (1895-1925)

Em 28 de dezembro de 1925 o poeta Sierguéi Iessiênin enforcou-se num quarto do Hotel Inglaterra, em Leningrado. Tinha 30 anos. Seu último verso, deixado ao amigo Vladimir Maiakóvski, terminava assim:

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo:
Se morrer, nesta vida, não é novo,
tampouco há novidade em estar vivo. 

A resposta de Maiakóvski veio em forma de um poema. (colocado, aqui, somente os versos finais):

(..)Para o júbilo o planeta está imaturo.
É preciso arrancar alegria ao futuro.
Nesta vida morrer não é difícil.
O difícil é a vida e seu ofício.     


Filosofando
                           




“ A vida real seria insuportável se não fossem os sonhos” Anatole France

domingo, 3 de abril de 2011

Obesidade Mental

Obesidade Mental

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os  campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.  Nessa obra, o catedrático de Antropologia, em Harvard, introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. "Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."
Segundo o autor: "A nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos
tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da  imaginação."

O problema central está na família e na escola. "Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma 'alimentação intelectual' tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada."
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: "O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular." O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. "Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais."
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. "O  conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto."
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. "Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma 'cidade das trevas' ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento,progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."
Por Prof. João César das Neves
Fonte: Diário de Noticias em 22/03/2004  (Portugal)

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Acontecendo Em Teresina


A todo momento, em Teresina, acidentes envolvendo motoqueiros.


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                         Arte de Amar
                                                  Manuel Bandeira

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


Filosofando

        “A verdade é a harmonia dos contrários”. Heráclito


Stop
                                       Dedico a Gabriel Archanjo
Foto: Paulo Tabatinga - Pintura sobre o muro: Gabriel Archanjo - Poema: Drummond


Fotopoema

Foto e poema: PauloTabatinga




domingo, 27 de março de 2011

 

Ninguém mora onde não mora ninguém

Pequena reflexão sobre as pessoas abandonadas nas ruas das grandes cidades
Publicado em 09 de março de 2011

Marcia Tiburi
Nas grandes cidades, pessoas que não têm onde morar são contraditoriamente chamadas de “moradores” de rua. É um eufemismo que acoberta o quadro da injustiça social típica das sociedades em fase de capitalismo selvagem, aquele no qual a eliminação do outro é a regra. Que tantos e cada vez mais vivam nas ruas é uma prova de que o famoso instinto gregário do ser humano se esfacela, ou assume formas cada vez mais enganadoras porquanto mais voláteis em uma sociedade que é, ao mesmo tempo, de massas e de indivíduos que não têm a menor noção do que significa o outro.
O aumento das relações virtuais em detrimento das relações “atuais” é a própria perversão das massas marcadas pela anulação física individual em nome de um eu abstrato, sustentado apenas como imagem, como avatar. E que tem como correspondente um outro reduzido à sua mera abstração. Há, certamente, exceções para a regra da distância com que o eu mede o outro.
Dizem as pesquisas que o número de pessoas vivendo sem teto cresceu nos últimos anos por causa do desemprego. E são milhares. Motivos além do desemprego podem confundir quanto ao sentido (e o sem sentido) da complexa experiência vivida por essas pessoas. Afinal, pode-se encontrar entre os que vivem nas ruas até mesmo quem não se sente em situação de injustiça social.
A população das ruas das grandes cidades é composta de habitantes (ou desabitantes) provisórios ou não, que estão ali por motivos diversos. Muitas vezes são afetivos. Não é raro encontrar ricas histórias de vida entre as pessoas sem morada, desde aquele que renunciou à vida burguesa por considerá-la insuportável, até quem por meio de inesperadas leituras filosóficas criou um significado para o ato de “habitar” a transitoriedade, ou seja, “desabitar” instransitivamente e estar assim, na mera existência.
Que não habitar uma casa possa significar uma experiência existencial é, no entanto, apenas a exceção que confirma a regra da contemporânea injustiça social a cuja base racional e afetiva tantos entregam as forças. Renunciar, desistir, jogar a toalha, permitir-se a impotência como o Bartleby, de Melville, ou o fracasso, como um dia afirmou J. L. Borges, pode ser o único modo de viver em um mundo marcado pela melancolia e pelo sem sentido em termos políticos, estéticos e metafísicos.
O cenário social contemporâneo é o espaço e o tempo dessa possibilidade de fracasso que diz respeito à potencialidade mais profunda de nossos tempos. É a forma mais terrível do mal, a da banalização que se estabelece na vida humana como força lógica. Como um “deixar acontecer” ao qual damos o nome de “abandono”, esse ato de exílio, de ostracismo, de curiosa rejeição sem ação. A mendicância das pessoas é apenas a verdade íntima do capitalismo como mendicância da própria política deixada a esmo em nome de antipolíticos interesses pessoais. A mendicância é a imagem social das escolas, dos hospitais públicos, do salário mínimo…
Democracia de teto e paredes
“Moradores de rua” são a figura mais perfeita do abandono que está no imo da devoração capitalista. Convive-se com eles nos bairros elegantes das cidades grandes como se fossem um estorvo ou, para quem pensa de um modo mais humanitário, como um problema social a ser resolvido filantropicamente. Alguns moram em lugares específicos, têm sua “própria” esquina, carregam objetos de uso aonde quer que vão, outros perambulam a esmo desaparecendo da vista de quem tem onde morar. São meras fantasmagorias aos olhos de quem não é capaz de supor sua alteridade. Esmagados pela contradição de morar onde não mora ninguém, não têm o direito de ser alguém. Partilham o deslugar. E, no entanto, praticam o mesmo que os outros dentro de suas casas: dormem, comem, fazem sexo. A condição humana é o que se divide por paredes ou na ausência delas. A democracia torna-se uma questão de nudez e exposição da vida íntima.

Ninguém “mora na rua”; antes, quem está na rua não mora. Quem está fora dos básicos direitos constitucionais está excluído da sociedade. E muito mais além da Constituição, está excluído pelo próprio status com que é medido. O status de “morador de rua” é apenas um modo de incluir os excluídos na ordem do discurso acobertadora do fascismo prático de cada dia oculto sob o véu da autista sensibilidade burguesa. Se o princípio de autoconservação a qualquer custo é a base da ação de indivíduos unidos na massa, está imediatamente perdida a dimensão do outro sem a qual não podemos dizer que haja ética ou política. Mesmo sob o status de morador de rua, o mendigo da nossa esquina é a prova do fracasso de todos os sistemas. Se as estatísticas não mudarem comprovando que a tendência da exceção pode ser a regra, talvez a democracia de teto e paredes não sirva mais a ninguém em breve. Só que às avessas.

marciatiburi@revistacult.com.br
    Fonte: Revista CULT.
                    Acontecendo Em Teresina
                  ...Em um bairro de Teresina

                  Foto da Semana



                  Fotopoema


                  Dedico a Moisés OLiveira       -     Foto e poema: Paulo Tabatinga


                  Citação da Semana

                  "Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens." (Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo"


                  Poemartemanhas

                  "Nós vos pedimos com insistência:
                  Nunca digam - Isso é natural
                  Diante dos acontecimentos de cada dia,
                  Numa época em que corre o sangue
                  Em que o arbitrário tem força de lei,
                  Em que a humanidade se desumaniza
                  Não digam nunca: Isso é natural
                  A fim de que nada passe por imutável."

                                                         Brecht








                  








                  



                  domingo, 20 de março de 2011

                  A Fúria Da Natureza (La nature est vérité )

                  Terremoto e Tsunami no Japão
                  imagens impressionantes da catástrofe no Japão.

                                                    Foto Tsujapão(internet)

                  O termo "tsunami" provém do japonês, significa "porto" (tsu, 津) e "onda" (nami, 波). Fonte: Wikipédia

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                  Frase da Semana

                  Sejamos o lobo do lobo do homem (Caetano Veloso)

                  *A frase acima é de autoria do cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso. A frase pertence à canção Língua e é uma paráfrase do pensamento do pensador político Thomas Hobbes. A frase de Hobbes é
                  "O HOMEM É O LOBO DO HOMEM". Hobbes utiliza essa metáfora para descrever o ser humano em seu estado natural.* Fonte: Blog Cibercidadão.
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                  Acontecendo Em Teresina

                  Foto de Paulo Tabatinga
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                  Só Para Relaxar

                  Um dos maiores seresteiros de Teresina, Clemilton Silva


                  Foto Da Semana


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                  Poemartemanhas
                        

                         Primeiro levaram os negros
                         Mas não me importei com isso
                         Eu não era negro

                         Em seguida levaram alguns operários
                         Mas não me importei com isso
                         Eu também não era operário

                         Depois prenderam os miseráveis
                         Mas não me importei com isso
                         Porque eu não sou miserável

                         Depois agarraram uns desempregados
                         Mas como tenho meu emprego
                         Também não me importei com isso

                         Agora estão me levando
                         Mas já é tarde.
                         Como eu não me importei com ninguém
                         Ninguém se importa comigo.

                                           Bertold Brecht 

                  domingo, 13 de março de 2011

                  As Cores de Uma Cidade



                  Acontecendo em Teresina


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                  Frase da Semana

                  “ As dobradiças do sistema estão, porém, de tal forma enferrujadas que a fuga é praticamente impossível” Fausto Cunha (crítico)

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                  Foto da Semana




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                                                 Depois de algum tempo...

                  “DEPOIS DE ALGUM TEMPO VOCÊ APRENDE A DIFERENÇA, A SUTIL DIFERENÇA ENTRE DAR A MÃO E ACORRENTAR UMA ALMA. E VOCÊ APRENDE QUE AMAR NÃO SIGNIFICA APOIAR-SE, E QUE COMPANHIA NEM SEMPRE SIGNIFICA SEGURANÇA. E COMEÇA A APRENDER QUE BEIJOS NÃO SÃO CONTRATOS E PRESENTES NÃO SÃO PROMESSAS. E COMEÇA A ACEITARSUAS DERROTAS COM A CABEÇA ERGUIDA E OLHOS ADIANTE, COM GRAÇA DE UM ADULTO E NÃO COM A TRISTEZA DE UMA CRIANÇA. E APRENDE A CONSTRUIR TODAS AS SUAS ESTRADAS NO HOJE, PORQUE O TERRENO DO AMANHÃ É INCERTO DEMAIS PARA OS PLANOS, E O FUTURO TEM COSTUME DE CAIR EM MEIO AO VÃO.
                  DEPOIS DE UM TEMPO VOCÊ APRENDE QUE O SOL QUEIMA SE FICAR EXPOSTO POR MUITO TEMPO.
                  E APRENDE QUE NÃO IMPORTA O QUANTO VOCÊ SE IMPORTE, ALGUMAS PESSOAS SIMPLESMENTE NÃO SE IMPORTAM...
                  E ACEITA QUE NÃO IMPORTA QUÃO BOA SEJA UMA PESSOA, ELA VAI FERÍ-LO DE VEZ EM QUNADO E VOCÊ PRECISA PERDOÁ-LA, POR ISSO.
                  APRENDE QUE FALAR PODE ALIVIAR DORES E4MOCIONAIS. DESCOBRE QUE SE LEVA ANOS PARA SE CONTRUIR CONFIANÇA E APENAS SEGUNDOS PARA DESTRUÍ-LA, E QUE VOCÊ PODE FAZER COISAS EM UM INSTANTE, DAS QUAI SE ARREPENDERÁ PELO RESTO DA VIDA.
                  APRENDE QUE AS VERDADEIRAS AMIZADES CONTINUAM A CRESCER MESMO A LONGAS DISTANCIAS.
                  E O QUE IMPORTA NÃO É O QUE VOCÊ TEM NA VIDA, MAS QUEM VOCÊ TEM NA VIDA.
                  E QUE BONS AMIGOS SÃO A FAMÍLIA QUE NOS PERMITIRAM ESCOLHER. APRENDE QUE NÃO TEMOS QUE MUDAR DE AMIGOS SE COMPREENDEMOS QUE OS AMIGOS MUDAM, PERCEBE QUE SEU MELHOR AMIGO E VOCÊ PODEM FAZER QUALQUER COISA, OU NADA, E TEREM BONS MOMENTOS JUNTOS.
                  DESCOBRE QUE AS PESSOAS COM QUEM VOCÊ MAIS SE IMPORTA NA VIDA SÃO TOMADAS DE VOCÊ MUITO DEPRESSA, POR ISSO SEMPRE DEVEMOS DEIXAR AS PESSOAS QUE AMAMOS COM PALAVRAS AMOROSAS, PODE SER A ÚLTIMA VEZ QUE AS VEJAMOS.
                  APRENDE QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS E OS AMBIENTES TÊM INFLUÊNCIA SOBRE NÓS, MAS NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS POR NÓS MESMOS.
                  COMEÇA A APRENDER QUE NÃO SE DEVE COMPARAR COM OS OUTROS, MAS COM O MELHOR QUE PODE SER.
                  DESCOBRE QUE SE LEVA MUITO TEMPO PARA SE TORNAR A PESSOA QUE QUER SER, E QUE O TEMPO É CURTO.
                  APRENDE QUE NÃO IMPORTA ONDE JÁ CHEGOU, MAS ONDE ESTÁ INDO, MAS SE VOCÊ NÃO SABE PARA ONDE ESTÁ INDO, QUALQUER LUGAR SERVE.
                  APRENDE QUE, OU VOCÊ CONTROLA SEUS ATOS OU ELES O CONTROLARÃO, E QUE SER FLEXÍVEL NÃO SIGNIFICA SER FRACO OU NÃO TER PERSONALIDADE, POIS NÃO IMPORTA QUÃO DELICADA E FRÁGIL SEJA UMA SITUAÇÃO, SEMPRE EXISTEM DOIS LADOS.
                   APRENDE QUE HERÓIS SÃO PESSOAS QUE FIZERAM O QUE ERA NECESSÁRIO FAZER, ENFRENTANDO AS CONSEQÜENCIAS.
                  APRENDE QUE A PACIÊNCIA REQUER MUITA PRÁTICA. DESCOBRE QUE ALGUMAS VEZES A PESSOA QUE VOCÊ ESPERA QUE O CHUTE QUANDO VOCÊ CAI É U8MA DAS POUCAS QUE O AJUDAM A LEVANTAR-SE.
                  APRENDE QUE MATURIDADE TEM MAIS A VER COM TIPOS DE TIPOS DE EXPERIÊNCIA QUE SE TEVE E O QUE VOCÊ APRENDEU COM ELAS DO QUE COM QUANTOS ANIVERSÁRIOS VOCÊ CELEBROU.
                  APRENDE QUE HÁ MAIS DOS SEUS PAIS EM VOCÊ DO QUE VOCÊ SUPUNHA.
                  APRENDE QUE NUNCA SE DEVE DIZER A UMA CRIANÇA QUE SONHOS SÃO BOBAGENS, POUCAS COISAS SÃO TÃO HUMILHANTES E SERIA UMA TRAGÉDIA SE ELA ACREDITASSE NISSO.
                  APRENDE QUE QUANDO ESTÁ COM RAIVA TEM DIREITO DE ESTAR COM RAIVA, MAS ISSO NÃO TE DÁ O DIREITO DE SER CRUEL.
                  DESCOBRE QUE SÓ PORQUE ALGUÉM NÃO O AMA DO JEITO QUE VOCÊ QUER QUE AME, NÃO SIGNIFICA QUE ESSE ALGUÉM NÃO O AMA COM TUDO O QUE PODE, POIS EXISTEM PESSOAS QUE NOS AMAM, MAS SIMPLESMENTE NÃO SABEM COMO DEMONSTRAR OU VIVER ISSO.
                  APRENDE QUE NEM SEMPRE É SUFUCIENTE SER PERDOADO POR ALGUÉM, ALGUMASD VEZES VOCÊ TEM QUE APRENDER A PERDOAR-SE A SI MESMO.
                  APRENDE QUE COM A MESMA SEVERIDADE COM QUE JULGA, VOCÊ SERÁ EM ALGUM MOMENTO CONDENADO.
                  APRENDE QUE NÃO IMPORTAS EM QUANTOS PEDAÇOS SEU CORAÇÃO FOI PARTIDO, O MUNDONÃO PÁRA PARA QUE VOCÊ O CONSERTE.
                  APRENDE QUE O TEMPO NÃO É ALGO QUE POSSA VOLTAR PARA TRÁS.
                  PORTANTO, PLANTE SEU JARDIM E DECORE SUA ALMA, AO INVÉS DE ESPERAR QUE ALGUÉM LHE TRAGA FLORES.E VOCÊ APRENDE QUE REALMENTE PODE SUPORTAR... QUE REALMENTE É FORTE, E QUE PODE IR MUITO MAIS LONGE DEPOIS DE PENSAR QUE NÃO SE PODE MAIS.
                  E QUE REALMENTE A VIDA TEM VALOR E QUR VOCÊ TEM VALOR DIANTE DA VIDA!
                  NOSSAS DÁDIVAS SÃO TRAIDORAS E NOS FAZEM PERDER O BEM QUE PODERÍAMOS CONQUISTAR, SE NÃO FOSSE O MEDO DE TENTAR.”


                                          WILLIAM SHAKESPEARE
                  

                  domingo, 6 de março de 2011

                  Ainda é Carnaval na Terra do Sol do Equador

                  Acontecendo Em Teresina


                  O modismo de " Não Fumar" está por todos os lug(ares) -; E Eu digo: Teresina sem Sujeira, Teresina sem fome, Teresina sem crack, Teresina sem safadeza, Teresina sem bandidagem, Teresina sem desemprego, Teresina sem abandono político, Teresina sem descriminação, sem descaso na saúde, na  educação, sem desmatamento.E.T.C.


                  Na Globalização, a guerra é diferente: a invasão é democrática.



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                  Poesia Da Semana
                             
                            
                  NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI
                                                         (Fragmento do poema de Eduardo Alves)
                              
                                                         
                  Tu sabes,
                  conheces melhor do que eu
                  a velha história.
                  Na primeira noite eles se aproximam
                  e roubam uma flor
                  do nosso jardim.
                  E não dizemos nada.
                  Na Segunda noite, já não se escondem:
                  pisam as flores,
                  matam nosso cão,
                  e não dizemos nada.
                  Até que um dia,
                  o mais frágil deles
                  entra sozinho em nossa casa,
                  rouba-nos a luz, e,
                  conhecendo nosso medo,
                  arranca-nos a voz da garganta.
                  E já não podemos dizer nada.

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                  Foto Da Semana

                  Pescadores - Rio Parnaíba

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                  Fotopoema


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                  Carnaval
                  Mesmo com o fraco carnaval de Teresina, Clemilton comandou, em bom tom, a folia no bar do Chicão.




                                                          Só para registrar(A Faixa)